terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Música

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Não existe

no que se declara

como sendo corpo.

Adapta-se ao espaço...

que lhe cabe,

rompe qualquer atitude

de mínimo aprisionamento.

Repousa serena e enlouquecida

na invisibilidade do nada,

estruturando-se em quase tudo.


Eterna e plena

na temporalidade mínima

de cada nota.


O vibrar da corda,

s u s p e n s a

entre a mão e o instrumento.

Suave lâmina rompendo

o silêncio infinito.

Inimagináveis cores

tecidas suavemente

em incontroláveis tons.

Inclassificável abstração,

orquestrando no peito

a mais pura razão...

Razão de amá-la.


Ninil Gonçalves 2007

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