-
Não existe
no que se declara
como sendo corpo.
Adapta-se ao espaço...
que lhe cabe,
rompe qualquer atitude
de mínimo aprisionamento.
Repousa serena e enlouquecida
na invisibilidade do nada,
estruturando-se em quase tudo.
Eterna e plena
na temporalidade mínima
de cada nota.
O vibrar da corda,
s u s p e n s a
entre a mão e o instrumento.
Suave lâmina rompendo
o silêncio infinito.
Inimagináveis cores
tecidas suavemente
em incontroláveis tons.
Inclassificável abstração,
orquestrando no peito
a mais pura razão...
Razão de amá-la.
Ninil Gonçalves 2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário