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Identidade
Apenas um pouco do que já fui
reside na inconstância da imagem
desse corpo fustigado continuamente
pelo vento da necessária mudança,
sobrepondo lentamente as páginas,
misturando-se ao que não se visualiza,
adaptando-se ao que se mostra novo,
não como mera folha ao contínuo sopro,
mas atendo-se à força da profunda raiz,
resistindo à outra camada de concreto,
buscando novos rumos entre os dédalos
de múltiplas escolhas e infindáveis fugas,
instituindo novas identidades necessárias
a partir da primordial necessidade do ser,
única em cada um, uma em cada único,
extirpando vestimentas usuais necessárias
trazidas pelo fabricado vento homogêneo
da efêmera substituição necessária exigida
como real princípio básico existencial
da mera função de visibilidade ao outro.
Ninil
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