Cristina nos Olhos
Lâmina
negra desenrolando-se
rasgando
o verde silencioso
afunilando
o rumo certeiro
entre
falantes memórias soltas
gritando
passado em sussurros
de
nítida atemporalidade verbal
destituindo
da velocidade do olhos
o
apreendido no raso da retina
restituindo
o que se enroscou
no
abismo profundo do olhar
espiralado
ao primitivo instante
deitando-se
em lembranças diárias
do
ruidoso afago das esquinas
do
insistente murmúrio das águas
na
noite que nunca termina
no
dia que nunca tem fim
na
vida que anda a passos calmos
nos
instantes que nunca se perderam
recuperados
nos delicados acordes
que
brotam entre pedras, gramas,
tijolos...
em cada passo que se perde
onde
sempre me acharei.
Ahhh de volta à poesia escrita :-) bjinx
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