segunda-feira, 10 de março de 2008
Jacques Tati
. Tatiando
Tateando entre a lágrima e o riso.
Talvez
à secura do riso,
faltasse aquela umidade
nascida no âmago.
Não conseguimos enganá-la
com alegrias estridentes
pré-fabricadas.
Tateando
no verdadeiro humor.
Um bufão de rua,
rua das crianças.
Guerreiros da alegria
bombardeando o tédio adulto
com o espontâneo viver.
Guerreiros munidos
com ampla tecnologia primata.
Desvendando a poesia
presente no quase tudo.
Invisível aos olhos
voltados para uma totalidade
onde soma-se tudo.
Imenso palhaço,
da altura das crianças.
Inclina-se ao abismo
sentindo o cheiro da queda,
suave queda
rumo aos braços da inocência,
onde o pagamento é o riso
e a reflexão.
Ninil 2007
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