Iggy
A gota de sanidade suspensa
entre a desconstrução do silêncio
e a elevação do mais primal uivo,
descartando qualquer intenção
de ancoramento na razão.
Destruindo o insistente domínio da inércia,
implodindo-a num crescente frenesi
nascido nas deterioradas entranhas
elevando-se ao término de cada fio de cabelo.
A voz embebida no mais ácido desespero
à vociferar-se menos humano
enquanto animal respirante e carnívoro.
Os músculos carcomidos pelos dias
erguem-se num balé coreografado por trovões,
explodem-se ante ao turbilhão de notas
sublevadas na mais intensa selvageria musical.
Ninil 2008
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