domingo, 30 de março de 2014

Gesto Imenso










Gesto Imenso

O silêncio dissolveu por completo
o mínimo que gritava amplitudes
infinitamente melódicas e sutis
impronunciáveis na velocidade cega.
A frieza se esparrama pelo corpo estático
tateia tranquilamente a imensidão
na imobilidade coreografada
absorvendo o sussurro do eco
fundindo a preciosidade do fragmento
na totalidade em fruição contínua
envolta na grandeza do gesto mínimo
atando a extensão diminuta do riso
à imperceptível inundação de lágrimas
conduzindo o silente coro dos poros
no grito que se descobre incomensurável
expandido em silêncio absoluto.



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