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Foto: J B Neto
Chuva
Goteira martelando a cabeça
Fio de paciência sugado pelo ralo
Esgoto cuspindo tudo de volta
Ossos novamente enregelados
Jorro contínuo céu abaixo
na beleza cristalina coreografada
O choro, o grito, o medo, a lama
O sofá e a TV assistem à calçada
O carnê, a conta e o imposto
boiam em fragmentos imundos
entre os corpos de volta à terra
num interminável abraço coletivo.
Ninil
Oi Ninil,
ResponderExcluirsempre poetizando esta crônica da vida. Parabéns pelos trabalhos, o resto é tristeza infelizmente.
Saudades,
Mari
Belo seu poema molhado de outras águas
ResponderExcluirdiferentes daquelas que caem do céu.
Saudade de você e da Mari.
Beijos Cris
Isso sempre me lembra que a gente não é nada. A gente começa a Ser quando sabemos disso e saímos dessa inconsciência de nos acharmos reis do mundo.
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