Superfície
Cultuando o afeto na superfície
saboreando o quase na totalidade.
Dançando através da própria imagem
ignorando o desvanecimento musical.
Fazendo o caminho com o calçado
esquecendo os pés na próxima pegada.
Observando a luminosidade nas retinas
dissolvendo dos tons a profundidade.
Aceitando o tempo dos ponteiros
afogando-se na contínua duração do rio.
Monetarizando a eloquência do ser
alimentando a exiguidade no devir.
Revestindo-se em transitório brilho simulado
confundindo-se com os próprios objetos
pela opacidade cultivada e refletida..
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