Domingo
Amparando-me num domingo
a chuva chegava intermitente
lavando a solidão da cadeira
postada no horizonte descoberto.
O silêncio deitando-se nas frestas
simulando convidativos abismos.
A cortina volteando-se lentamente
nas contínuas coreografias do vento.
O batuque silencioso na almofada
acordando a cauda da cadela.
A gota de água vibrando no trilho
calado da escancarada janela.
A música calou-se por instantes
para que o silêncio fosse notado.
O silêncio derramou-se ao redor
Para que todas as coisas gritassem.
Ninil
Fotos: Ninil
bonitos escritos em seu blog...
ResponderExcluirretribuindo a visita e dizendo "seja bem vindo" volte quando quiser para visitar-me...
beijos no coração.
axé.
você uniu duas "coisas" complementares, mas ao mesmos tempo possuem existência independentes: as palavras e as imagens. Faz as duas coisas, maravilhosamente bem.
ResponderExcluirNem preciso comentar Nil. Você como sempre, surpreendendo a todos, os seres vivos existentes, que estão ao seu redor. Um abração Jk.
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